Após diversos casos de machismo, Kine-Chan expõe o que sofre na internet
Assim como constituem a maioria da população brasileira, as mulheres também são a maioria dos brasileiros que jogam videogame. Eles ainda enfrentam uma luta diária por respeito em seu dia-a-dia fora das telas. Já no mundo virtual, a situação não é nada diferente. Talvez seja pior.
Segundo a Pesquisa Brasileira de Jogos (PGB), 51,5% dos gamers são mulheres, sendo que 57,5% se consideram gamers. Dados dos 10 principais mercados globais coletados pela Newzoo mostram que metade dos jogadores em todo o mundo são mulheres. A principal plataforma para alcançar essas jogadoras é o smartphone. Nos consoles e no PC, os homens ainda dominam.
E isso não é exclusivo dos gamers, nas lives esse problema e muito constante como relata a influencer digital Kine-Chan.
“O machismo é muito presente no mundo dos Games, acredito que mais que em qualquer área de criação de conteúdo. Se um homem erra uma jogada em um jogo online está tudo bem o “squad” não o xinga nem nada do gênero. Mas se for uma mulher aí pronto! São vários xingamentos sendo que o erro foi o mesmo. A mulher no mundo dos games precisa ser MUITO BOA para ter algum respeito já o homem não. ” Afirmou a gamer.
Algumas frases acabam sendo repetidas diversas vezes como forma de provocação e preconceito, mas isso não a afeta mais, segundo Kine, não dar atenção é a melhor solução.
“A frase mais clássica é: “Já lavou a louça” sempre, qualquer live eu recebo vários comentários do gênero. Nesses casos eu só ignoro, não vou dar o que essa pessoa quer, atenção. Continuo agindo normalmente na live e interagindo com quem realmente gosta de mim.”
Mas não é tudo que está perdido, ela ainda vê que essa situação pode, reverte, e que em alguns anos, esse preconceito possa acabar.
“Acredito que a geração de hoje em dia não leve essa cultura machista geek/gamer para frente, e que com o tempo isso acabe, mas ainda falta um caminho bem longo.” Finaliza Kine